Sobre dores, coisas boas e uma despedida

“O jornalista é, antes de tudo, um forte”
(Euclides da Cunha)

Quem já teve pedra no rim (meu caso) ouviu alguém falar que a dor da danada se mexendo é pior que a dor do parto. E a dor de ser jornalista, como é? É pior que cólica renal. Porra, então vamos desistir desta profissão, vocês vão dizer. Sofrer pra quê? Mas não se foge da dor. Ela faz parte da vida. Para ser jornalista – assim como para viver – é preciso conviver com a dor, ser mais forte que ela. Defendo até que as faculdades de jornalismo, além dos estúdios de rádio e TV, tenham um Laboratório da Dor, para simular sensações como a perda do emprego, da liberdade, das ilusões, dos cabelos.

O ano de 2011 foi doloroso para os jornalistas por velhas razões. Passaralhos, violência, desrespeito. O diploma, tadinho, seguiu marginalizado. Deu até entrevista para o blog revelando, por exemplo, que tentou o suicídio. Mas sobrevivemos. Sempre sobrevivemos. Só quem é capaz de suportar a dor é capaz de saborear as coisas boas da vida e dessa nossa profissão maluca. E posso garantir: são muitas as coisas boas pra gente saborear!

Que em 2012 a gente continue mais forte que qualquer dor.

Fonte: Blog Desilusões Perdidas (Duda Rangel).

Feliz Natal Atrasado!

Queridos(as)! Quero desejar a todos um Feliz Natal atrasado! Me desculpem,  pois fiquei um tempo em OFF ¬¬’ mas, estou de volta \o/ espero que todos tenham ceiado com suas famílias, vibrado com seus presentes de Natal e celebrado nascimento do Menino Jesus 😉

Viva o Samba!

Foto: Valério Ayres

O corre-corre da Rodoviária do Plano Piloto vai diminuir hoje, a partir das 16h, com o projeto Plataforma do Samba. O show gratuito contará com vários grupos da cidade, como Adora Roda, Regional Candanguero, Maracangalha, além de cantores Sérgio Magalhães, Marquinhos Benon, Teresa Lopes e Kiki Oliveira. “Desde o primeiro ano (2007), o evento é feito na Rodoviária. Brasília é muito segregada geograficamente, então, queríamos um lugar mais central para integrar as pessoas e os grupos de samba da cidade que, muitas vezes, não têm oportunidade para se reunir”, conta Cris Pereira, uma das idealizadoras do projeto.

A roda de samba terá músicas de Adoniran Barbosa, Arlindo Cruz, Cartola, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila, Paulinho da Viola e Ary Barroso. O compositor de Aquarela brasileira foi (sem querer) o responsável pela criação do Dia Nacional do Samba. A data surgiu para comemorar o dia da visita dele à Bahia, estado que ainda não conhecia, mas que já havia homenageado com Na baixa do sapateiro.

“Estamos na quinta edição e tem dado certo na base do improviso, mas um improviso gostoso. Cada uma ajuda com o que se pode oferecer: mesas, cadeiras, equipamentos de som. É o pessoal do samba quem faz tudo!”, comenta Cris sobre a estrutura do evento. Sem nenhum apoio financeiro, ela e os músicos da cidade esperam que a Plataforma do Samba ganhe no futuro uma estrutura maior por causa do crescimento do público. “É visível o aumento. No primeiro ano, foi num domingo chuvoso e o pessoal passava e não parava. Agora, temos que guardar os instrumentos, senão, o pessoal fica até tarde. Quem foi uma vez fica com gostinho de quero mais e volta ano seguinte”.

Mais espaço
Patrimônio Cultural Imaterial desde 2007, o gênero imortalizado por Noel Rosa terá comemorações em todo o Brasil. Apresentações em Salvador, em São Paulo e no Rio do Janeiro (com o tradicional Pagode do Trem) ajudam a fortalecer o ritmo que, apesar de ser símbolo do país, ainda encontra obstáculos. “O Dia Nacional do Samba é importante para abrir espaço para outros gêneros. O sertanejo está dominando tudo e o verdadeiro samba, na verdade, fica um pouco fora da grande mídia. Nomes como Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho já têm espaço, mas o pessoal que está começando ainda encontra dificuldade”, observa Breno Alves, vocalista do Adora Roda.

Breno Alves:’O pessoal que está começando ainda encontra dificuldade para mostrar seu trabalho’ (Luis Xaviar de França/Esp.CB)
Breno Alves:”O pessoal que está começando ainda encontra dificuldade para mostrar seu trabalho”
“Quero chegar cedo e acompanhar para ver tudo até o final. É como na escola de samba: é agradável vê-la crescer antes de o desfile começar, com o pessoal chegando. Brasília está bem melhor, porque tem muito compositor fazendo música de qualidade, surgiu muita gente boa. Agora, podemos fazer shows só com artistas daqui”, diz o compositor portelense Carlos Elias, presença garantida nas principais batucadas da cidade e, claro, na Plataforma do Samba, pois, quem não gosta de samba…

Batucada no trem
Idealizado por Marquinhos de Oswaldo Cruz, o Pagode no Trem surgiu para celebrar o Dia Nacional do Samba no Rio de Janeiro. Com shows na Central do Brasil e nos vagões rumo a Oswaldo Cruz, o projeto já contou com participações ilustres de Moacyr Luz, Almir Guineto, Mauro Diniz e Dona Ivone Lara. Neste ano, a batucada começou no início da semana e, hoje, terá apresentações com Nelson Sargento, Wilson Moreira, Monarco e a Velha Guarda da Portela.

PLATAFORMA DO SAMBA
Hoje, a partir das 16h, roda de samba com músicos da cidade na Rodoviária do Plano Piloto. Entrada franca. Classificação indicativa livre.

Fonte: Correio Braziliense

Senado aprova PEC do Diploma para jornalista com 65 votos

Em votação realizada na sessão desta quarta-feira (30), o Senado aprovou, com 65 votos favoráveis e 7 contrários, a PEC 33/2009, do Senador Antônio Carlos Valadares (PSB/SE), que restitui a exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista. De norte a sul do país a categoria comemora.

A sessão do Senado foi acompanhada com apreensão pelo diretor da FENAJ José Carlos Torves e por José Nunes, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul, Francisco Nascimento, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas de Pernambuco, e Lincoln Macário, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, que comemoraram após a divulgação do resultado no placar do plenário.

Para o presidente da FENAJ, Celso Schröder, a expressiva votação foi emblemática. “Representou o desejo do Senado de corrigir um erro histórico do STF contra a categoria profissional dos jornalistas”, disse. Ele agradeceu o esforço de todos os parlamentares que se empenharam pela aprovação da matéria, especialmente o autor da PEC, senador Valadares, e o relator, senador Inácio Arruda (PCdoB/CE), e parabenizou a categoria e os Sindicatos de Jornalistas pela persistência nas mobilizações em defesa do diploma.

O diretor de Relações Institucionais da Federação, Sérgio Murillo de Andrade, também avalia que o Senado corrigiu um erro grave do STF, cometido em 2009, e que “surpreendeu toda a sociedade, que visivelmente passou a apoiar nossa luta pelo resgate da dignidade da profissão”.

Temporariamente “de alma lavada”, Sérgio Murillo lembra que o “primeiro round” desta luta foi vencido. “Devemos e merecemos comemorar, mas nossa mobilização tem que prosseguir cada vez mais forte para assegurar a vitória da restituição da exigência do diploma para o exercício da profissão tanto no Senado quanto na Câmara dos Deputados”, concluiu.

Fonte: Site Idest